terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Umberto Eco completa 80 anos




 
Um dos mais renomados estudiosos da comunicação e dos símbolos que envolvem as sociedades das últimas cinco décadas, o escritor e acadêmico Umberto Eco, completa 80 anos de idade nesta quinta-feira (5). Ele foi responsável por alguns dos principais estudos sobre cultura de massa e indústria cultural no século passado, com textos publicados em jornais - e posteriormente reunidos no livro Apocalípticos e Integrados -, nos quais derrubou conceitos polêmicos elaborados décadas antes pela Escola de Frankfurt, que viam o público como um conjunto de pessoas sem visão crítica.
Nascido na cidade de Alessandria, na região italiana de Piemonte, no dia 5 de janeiro de 1932, Eco se graduou em Filosofia e Literatura na Universidade de Turin. Foi nessa época que afirma ter se tornado ateu, fato que gerou décadas mais tarde o livro Em que Creem os que não Creem?, ensaio no qual debate com o cardeal Carlo Maria Martinio sobre religiosidade, sua ausência e o que move não-crentes a seguir uma vida ética sem acreditar em um ser absoluto. Em 1962, se casou com a professora de artes alemã Renate Ramge, com quem teve dois filhos.
Por muitos anos, Eco se dedicou a estudos no campo da semiótica - ciência que foca na compreensão dos símbolos utilizados nas diferentes sociedades -, procurando entender como os símbolos foram e são utilizados pelos detentores dos meios de comunicação para influenciar as massas. O interesse pelo tema o levou a fundar, em 1971, o periódico Versus, totalmente dedicada ao assunto. A publicação é até hoje considerada de extrema importância para o aumento do interesse de pesquisadores na temática nos últimos anos.
Mas foi como romancista que Umberto se tornou mundialmente reconhecido. Seu maior sucesso, O Nome da Rosa, lançado em 1980, relata o trabalho de um frade franciscano - William de Bakersville - na investigação de uma série de crimes cometidos em uma abadia medieval. Ambientado no início do século XIV, o livro abordou temas complexos, utilizando bastante do conhecimento que o escritor adquiriu previamente com seus estudos. Em 1986, o texto foi adaptado para o cinema, em longa-metragem estrelado por Sean Connery.
Eco é também conhecido por seus trabalhos nos campos da filosofia, antropologia e sociologia.

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